Privatização Ponderada com Opção por Empresa de Economia Mista
Com as privatizações de empresas de serviços públicos onde os adquirentes das empresas ficam na condição de monopólio,os consumidores ficam submetidos a tarifas impostas pois não dispõe de opção por não haver concorrente à oferecer o serviço,antes público.
Na verdade as empresas públicas foram constituídas com recursos da população, razão essa que numa privatização deveria ser determinada uma contrapartida em benefício da população, como por exemplo hospitais, rede de ambulatórios, escolas, creches.
Há de se lembrar que na enxurrada de privatizações no começo do século, não ocorreu repasse em benefício da população da grande quantidade de recursos arrecadados. Nas privatizações houve um aumento da remessa de lucros para o exterior, diminuindo o capital circulante e aumentando o preço das tarifas para o consumidor.
Esse fato ocorre em razão dos novos detentores das empresas privatizadas serem em sua maioria estatais estrangeiras e empresas multinacionais. Quando nacionais adquirem empresas públicas as vezes até com ajuda de recursos de bancos oficiais, ocorre que com a valorização da empresa, eles logo se propõem à vender para grupos estrangeiros.
Na “Privatização Ponderada com opção de Economia Mista”, o governo disporia suas ações da empresa à ser privatizada na rede bancária para ser vendida a população,podendo ou não exercer o controle da empresa,agora com ações diluídas.
Na venda das ações poderia haver incentivos; o governo se disporia a aplicar na própria empresa percentual dos recursos arrecadados com a venda das ações,isso elevaria o valor das ações no pós venda das mesmas. Aos funcionários abriria-se linha de crédito para compra de ações.
Usaria-se a mesma prerrogativa de abatimento de 12% na declaração do imposto de renda (IR) que é possível para a modalidade de plano previdenciário, Plano Gerador de Benefício Livre (PGBL). Os clientes dos bancos estariam fazendo investimento que seria revertido em benefício deles próprios.
Exemplo de proposta assertiva de economia mista é o próprio Banco do Brasil,que inclusive poderia formalizar está sugestão.